O IFIX encerrou o pregão em leve queda, aos 3.575,48 pontos, com recuo de 0,20% em relação ao fechamento anterior. A abertura havia sido em 3.582,82 pontos, com máxima de 3.587,76 e mínima de 3.573,20. No acumulado do ano, o índice ainda registra valorização próxima de 14,9%, refletindo o bom desempenho de parte dos fundos imobiliários desde o início de 2025.
O movimento de queda foi influenciado por fatores macroeconômicos e setoriais. A proposta de tributação sobre rendimentos de fundos imobiliários, LCIs, LCAs e outros títulos isentos tem gerado apreensão entre investidores, que calculam o impacto de uma eventual mudança sobre o retorno líquido das carteiras. Além disso, a manutenção das taxas de juros em patamares elevados pressiona o custo de capital dos fundos, principalmente os que possuem dívidas atreladas ao CDI ou que dependem de crédito para expansão.
Apesar do cenário de cautela, o mercado de FIIs segue sustentado pelo interesse em renda passiva e pelo calendário de pagamento de dividendos. Muitos investidores aguardam as chamadas “datas com”, quando os fundos anunciam proventos e concentram a demanda por cotas. Esses momentos costumam atenuar quedas ou até impulsionar o índice temporariamente.
A expectativa para as próximas semanas é de volatilidade moderada. Caso a discussão sobre tributação perca força, há espaço para recuperação de preços, especialmente entre os fundos mais descontados. Por outro lado, se o cenário de juros altos persistir, a tendência é de maior seletividade por parte dos investidores, com foco em fundos de tijolo consolidados e carteiras de crédito com garantias mais sólidas.

