O urbanista Franco‑colombiano Carlos Moreno critica a lógica de expansão urbana que afasta populações pobres dos centros e compromete o conceito de cidade sustentável.
De acordo com a Agência Brasil, Moreno argumenta que não basta construir habitação social se essas moradias estiverem distantes dos serviços essenciais como saúde, educação, comércio e lazer. Ele ressalta que morar longe do centro e sem infraestrutura é uma forma de exclusão social.
O conceito de “cidade de 15 minutos” é central no discurso do urbanista. A ideia é reorganizar bairros para que os moradores possam atender suas necessidades diárias com deslocamentos curtos, minimizando o uso do carro, reduzindo poluição e promovendo maior qualidade de vida.
Para uma cidade sustentável, Moreno defende que políticas urbanas devem incluir soluções inspiradas pela natureza, fortalecimento de áreas verdes e mobilidade com baixas emissões de carbono. (agenciabrasil.ebc.com.br) Além disso, Renata Ruggiero, presidente do Instituto Motiva, afirma que sustentabilidade só faz sentido se vier acompanhada de justiça social e redução das desigualdades.
Um projeto piloto no bairro Presidente Altino, entre São Paulo e Osasco, exemplifica como urbanismo social pode ser executado na prática. A iniciativa integra poder público, sociedade civil e empresas para repensar o território de forma participativa.
Ao todo, 20 territórios pelo Brasil foram escolhidos para receber diagnósticos e ações territoriais com vistas à sustentabilidade urbana. Os projetos serão sistematizados com o objetivo de formular futuras políticas públicas mais eficientes.